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Literatura Umbandista

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Literatura Umbandista

O problema da literatura umbandista é o mesmo que permeia a Umbanda como um todo: falta de unidade doutrinária. Diferentemente do que aconteceu com o Espiritismo de orientação Kardekiana, a Umbanda nasceu da prática, nasceu da ação e sobre essa mesma prática se consolidou como uma vertente religiosa.

Cedo, porém, algumas mentes mais disciplinadas perceberam a necessidade de se conhecer e sistematizar os fundamentos doutrinários, dando à Umbanda uma identidade.

O primeiro a se ocupar de tão nobre tarefa foi Antônio Eliezer Leal de Souza, jornalista que em 1933 publicou O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda, obra que buscava trazer alguns princípios de orientação doutrinária.

A ele se seguiu um grande número de outros, outros, sendo que a década de cinquenta foi especialmente pródiga no tocante ao surgimento de teóricos umbandistas, mas foi igualmente marcada pela disputa entre duas vertentes bastante distintas: a dos defensores das raízes africanas da Umbanda e a dos que preconizavam uma umbanda mais aproximada dos princípios kardecistas.

Foi na década de cinquenta que surgiu no cenário umbandista W. W. da Matta e Silva, autor de nove obras teóricas voltada para os fundamentos da religião.

A nosso ver – e aceitamos quaisquer divergências em relação a essa opinião – Matta e Silva se sobressai, ainda hoje no cenário nacional como o mais importante doutrinador umbandista já publicado, até então, em que pese ter também seus equívocos, muitos deles oriundos de um contexto de época.

Mestre Yapacani, como é conhecido, lançou as bases de uma Umbanda racional, desmitificada, com ritualística própria, livre de conteúdos sincréticos, cristianizada e devidamente humanizada.

Sua sóbria divisão das sete linhas de Umbanda é a única que consegue trazer uma explicação coerente para esse que é, ainda hoje, um dos temas mais controvertidos da doutrina umbandista.

Apesar de não concordarmos com a abordagem eminentemente esotérica que ele faz da religião, entendemos que seu magistério teve muito mais acertos do que erros e que sua obra é um referencial seguro para todos aqueles que desejem entender a lógica da verdadeira Umbanda.

Após seu desencarne em 1988, seguiu-se um período de profundo obscurantismo na literatura umbandista, obscurantismo esse que abriu caminho para um sem número de publicações que muito mais confundem e iludem, do que esclarecem. Muitas dessas, na verdade, não esclarecem absolutamente nada e ainda mergulham a umbanda no denso e lodoso mundo da feitiçaria e do misticismo.

Isso sem falar nas inúmeras vertentes que se espalharam aos poucos pelo país afora, como se a Umbanda pudesse ser vivida e praticada de acordo com os gostos e as inclinações de cada um, como se os mentores nada mais tivessem a fazer que atender aos ditames caprichosos de algumas mentes sem esclarecimento.

Mas, para que não se pense que esse período foi somente de deserto, nele vieram à luz as obras de peso de Diamantino Trindade e de Ronaldo Linares, autores cujo conhecimento do cotidiano dos terreiros de Umbanda e dos barracões de Candomblé, somado ao preparo acadêmico contribuiu enormemente para a construção de uma Umbanda esclarecida.

A propósito de Diamantino Trindade, não poderíamos deixar de citar sua obra mais recente, intitulada “A Construção Histórica da Literatura Umbandista”, verdadeiro documento histórico onde se encontram listados e comentados os principais teóricos do movimento umbandista no Brasil. Trata-se de uma obra de referência que não pode faltar a qualquer um que deseje realmente conhecer um pouco mais sobre a literatura umbandista.

E não poderíamos encerrar sem falar, é óbvio, na obra recém-iniciada de Norberto Peixoto que, intermediando Ramatis, tem trazido luz e esclarecimento para os umbandistas, contribuindo de forma inquestionável para o trabalho de desmistificação e de edificação de uma Umbanda Cristã, voltada para a caridade e para o amor ao próximo sem distinção. Suas obras já publicadas, “Umbanda Pé no Chão”, “A Missão da Umbanda” e “Diário Mediúnico” são verdadeiros manuais de doutrina umbandista que trazem a assinatura de um espírito da envergadura de Ramatis.

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