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A Questão das Sete Linhas

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A Questão das Sete Linhas

Quem vive a Umbanda há algum tempo sabe que a questão da divisão das sete linhas é assunto polêmico, sobre o qual nunca houve consenso entre as diversas casas e os diversos matizes que a religião assumiu ao longo desses cento e dois anos.

Na prática o que se pode dizer sobre o assunto é que em qualquer terreiro a que se vá, sempre se ouvirá falar nas sete linhas de Umbanda, mas quando se pergunta quais são, dificilmente se obtém uma resposta satisfatória. É comum, inclusive, o pai-de-santo, ou dirigente do terreiro começar a enumerar e falar em nove linhas, outras vezes em onze, ou quatorze, mas dificilmente em sete e de forma fundamentada.

Fato é que muito poucos sabem, muitos acham que sabem, mas no fundo tem fortes dúvidas, pois, na verdade, não entendem o que lhes foi ensinado de forma vertical e dogmática, sob a égide do “tem que aceitar.”

Consenso mesmo, só existe em um ponto: existem sete linhas de Umbanda.

Ora, a lógica nos diz que sete são sete. Não podem ser oito, ou nove, ou onze, ou quinze. Tem que ser sete.

O NEU nasceu de uma proposta de estudo da Doutrina Umbandista, baseada em critérios racionais e lógicos, repudiando tudo que fugisse aos cânones dessa racionalidade e dessa lógica. É a aplicação do princípio de Kardec: “Fé raciocinada é a que pode encarar frente a frente a razão”.

Um dos primeiros pontos sobre o qual o estudo se concentrou foi justamente o das sete linhas. Na pesquisa que se seguiu, várias teses foram consideradas, inclusive algumas oriundas de autores renomados na área, mas a todas faltava a consistência do aporte lógico racional. Algumas carregadas de superstição, outras carregadas de fetiche, outras carregadas de fantasia.

Umas, bastante complicadas, enveredavam por um esoterismo estéril, criavam termos complexos mas não logravam dar explicações convincentes.

Foi somente no grande mestre Matta e Silva (SILVA, 2009) que se encontrou uma divisão baseada em critérios lógicos, fundamentada em princípios coerentes com as verdades espirituais já consagradas nas obras básicas da codificação do Espiritismo e, acima de tudo, pontuada por critérios de organização, condizentes com o grau de elevação espiritual dos mentores.

Sim, porque não se pode perder de vista que, onde há inteligência, há organização. Não é razoável imaginar uma Corrente Astral de Umbanda anarquicamente estruturada. Seria um insulto a Deus.

Dentro desse raciocínio, assumiu o NEU que as sete linhas de Umbanda são: Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yemanjá, Yorimá e Yori. Cada uma dessas linhas contando com um dirigente máximo (os sete luminares do planeta) que comanda sete chefes de legião, que, por sua vez comandam sete chefes de falange, que comandam sete chefes de subfalange, que comandam sete chefes de grupamento, que comandam sete chefes de subgrupamento e assim sucessivamente, numa cadeia hierárquica baseada na evolução espiritual atingida, com a finalidade de praticar a caridade, tal como é preconizada no Evangelho.

Mas mais do que o magistério de Matta e Silva, veio a palavra irretocável de Ramatis, através de Norberto Peixoto (2006)

“PERGUNTA: - Por que adotais os sete orixás Oxalá, Yemanjá, Yori, Xangô, Ogum, Oxossi e Yorimá como referência em vossos escritos e não os demais?

RAMATIS: - Não existem verdades absolutas na Terra. Os outros orixás e suas nomenclaturas são existentes e apresentam escopo vibratório no Astral. Para efeito didático, afirmamos que todos acabam se enfeixando num dos sete orixás citados, assim como todos estão em Um, e o Um está em todos...” (PEIXOTO, 2006. p. 178)

Muitos, principalmente os defensores da tradição africanista, criticam essa divisão, não somente por não entende-la, mas sobretudo por estarem por demais arraigados a tradições ancestrais e primitivas que, reconheciam o fenômeno, mas não lhe procurava buscar o sentido mais profundo.

Não se pretende aqui lançar anátema sobre as convicções de quem quer que seja, até porque o próprio Ramatis admite a existência de todos os demais Orixás, mas já é momento de a Umbanda superar o estágio do tradicionalismo estéril e trilhar o caminho luminoso do auto entendimento, afinal, tudo evolui, e esse segundo século de existência da Umbanda tende a ser de aprofundamento das verdades espirituais que dão sustentação à vertente umbandista.

Sarava Umbanda!

Bibliografia:

1- PEIXOTO, Norberto. A missão da umbanda. 1ª ed. Limeira. Conhecimento, 2006.

2- SILVA, W. W. da Matta. Umbanda de todos nós. 13ª ed. São Paulo. Ícone, 2009

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