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A Ritualística http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica Sat, 04 May 2024 02:22:01 +0000 Joomla! - Open Source Content Management pt-br O Ritual Fúnebre http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/41-o-ritual-funebre http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/41-o-ritual-funebre O RITUAL FÚNEBRE

Em todas as religiões, em todas as culturas, sempre existiram rituais de passagem realizados quando da extinção da vida física. É o reconhecimento instintivo que o homem faz do papel da morte como elemento transformador da natureza e do próprio homem.

Na Umbanda não poderia ser diferente, tanto mais por se tratar de uma religião que compreende de modo mais abrangente a jornada que será empreendida pelo espírito em sua nova condição.

Por essa razão, é aconselhável que, tanto quanto possível, a pessoa que se encontre em seus últimos momentos possa receber o ofício religioso de um dirigente umbandista que lhe possa aplicar um passe, dizer-lhe palavras de alento, pronunciar com ela uma prece e clamar o auxílio dos mentores a recebê-la, ampará-la e guiá-la em seus primeiros momentos de retorno à pátria espiritual. É o correspondente à extrema unção.

Se, contudo, isso não for possível, é aconselhável que o ofício religioso seja ministrado durante o velório. Sobre isso, nos diz Omolubá:

“ A cerimônia de extrema unção poderá ser efetuada nos últimos instantes da guarda do corpo físico na cova.

(...)

Cabe ao sacerdote dizer algumas palavras acerca da nova jornada que aquele espírito tem a realizar. As palavras então ditas pelo sacerdote devem ser confortantes, capazes de emprestar um envolvimento aos que lhe ouvem, trazendo paz e compreensão da Lei imutável a que todos nós estamos sujeitos, Nascimento e Morte.

É comum a prece de 7, 14 ou 21 dias no terreiro.

Na extrema-unção é facultativo o entoar de cânticos à Almas e aos Orixás.” (OMOLUBÁ, 2004: p. 106)

Em última análise, o  ritual fúnebre é equiparável a um gesto de caridade, quando se vai oferecer um conforto espiritual a quem não há mais nada que possa ser oferecido. A presença dos mentores nesse momento se presta a auxiliar no trabalho de desenlace, de quebra dos últimos liames energéticos que ainda prendem o espírito à matéria, a fim de facilitar a libertação do espírito.

Esses são, portanto, os rituais mais comuns e costumeiros dentro da prática umbandista. Muitos outros ainda são levados a efeito em nome da Umbanda, mas há os que são desnecessários e inclusive aqueles que fogem completamente aos domínios da filosofia umbandista, estando mais afeitos aos ritos de nação ou a outras tendências religiosas.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 13:19:27 +0000
O Casamento http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/40-o-casamento http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/40-o-casamento O CASAMENTO

A exemplo do que acontece na quase totalidade das religiões existentes no planeta, embora poucos saibam disso, a Umbanda também possui o seu ritual ou cerimônia de casamento. Não poderia ser diferente, pois o fato de tantas visões religiosas entenderem o casamento como um sacramento decorre da importância que ele possui na estrutura social do planeta. Não se pense apenas na função reprodutiva tendente a perpetuar a espécie, pois que para isso não é necessário o casamento, afinal os animais se reproduzem todos os dias sem precisarem se casar, embora algumas espécies – mais evoluídas que alguns humanos – permaneçam com o mesmo parceiro ou parceira pela vida inteira.

Deve-se pensar na necessidade de estruturação familiar que permita aos descendentes desfrutarem de um referencial seguro de sua condição humana, através do convívio com um pai e uma mãe que se amem e que saibam fazer do amor o ponto de partida e de chegada para todas as demandas da vida.

Essa função do casamento que, sem dúvida o torna importantíssimo na senda evolutiva, tanto dos cônjuges, quanto de seus descendentes, tem por si só o condão de torná-lo um sacramento, principalmente para os padrões de uma religião que se fundamente na evolução constante e na necessidade de aprimoramento pelo amor e pela caridade.

A cerimônia de casamento é bastante simples, como aliás devem ser todas as cerimônias na Umbanda. Falando sobre casamento em sua obra Fundamentos de umbanda, Omolubá afirma o seguinte:

“A  cerimônia do casamento tem lugar diante do sacerdote de Umbanda, devidamente sacramentado, o qual abençoa os nubentes que se escolheram mutuamente, vindo, portanto, obter o beneplácito do religioso, através desta solenidade.

O sacerdote declara aos noivos que a partir daí são responsáveis ante o poder religioso e social e que, dessa união advém o dever moral a que ficaram submissos, bem como as virtudes que decorrerem desse ato, tais como: fidelidade, companheirismo, respeito, tolerância, amor e tudo quanto possa resultar de fortalecimento, de bom e útil desta jornada que ambos intentam.

Na Umbanda só é exercido o Sacramento do Casamento, quando os nubentes estão em plena concordância com as leis do país.” (OMOLUBÁ, 2004: p. 105)

Essa visão apresenta várias facetas do casamento umbandista, que merecem ser comentadas. Ei-las:

Em primeiro lugar, ele afirma que a cerimônia tem lugar diante do sacerdote de Umbanda. Ora, muitas casas não adotam a figura do sacerdote strictu sensu, por isso seria mais aconselhável entendermos que a cerimônia tem lugar perante o dirigente da reunião.

Em segundo lugar, afirma também que o sacerdote “abençoa” os nubentes, numa alusão clara ao fato de que aquela cerimônia corresponde claramente a uma bênção que é concedida aos noivos e é exatamente essa a função, uma vez que as entidades estarão ali presentes, vibrando favoravelmente e criando uma atmosfera de harmonia e de paz, dirigindo suas preces para que os noivos tenham firmeza para conduzir até o fim o compromisso que estão abraçando.

Em quarto lugar, afirma que o casamento só é realizado quando os nubentes estão em plena concordância com as leis do país. Isso significa que não se podem referendar nos rituais de Umbanda, situações que não sejam legalmente admitidas. Implica, portanto, que não se farão cerimônias de casamento de pessoas ainda casadas civilmente, de pessoas do mesmo sexo, nem que se enquadrem em qualquer das situações que o Código Civil elenca como impeditivas para o casamento.

Há que se observar ainda – e isso é muito importante – que, durante muito tempo, o casamento na Umbanda foi apenas uma cerimônia de casamento religioso, de modo que, aqueles que por ele optassem, deveriam fazer antes o seu casamento civil e depois se submeterem à cerimônia na Umbanda. Recentemente, contudo, começaram a ser celebrados em terreiros de umbanda casamentos com efeitos civis, a exemplo das igrejas tradicionais.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 13:16:35 +0000
Os Pontos Riscados http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/39-os-pontos-riscados http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/39-os-pontos-riscados OS PONTOS RISCADOS

Em praticamente todos os terreiros de Umbanda, as entidades quando chegam utilizam de uma pedra de giz bruto, conhecida como “pemba”, para traçarem no chão, ou em tábuas alguns sinais, a princípio ininteligíveis para os leigos. Esses sinais são chamados de “pontos riscados” e sua confecção, longe de ser aleatória, obedece a um padrão previamente definido que só é conhecido pelas entidades e pelos iniciados na Doutrina Umbandista. Esse padrão é conhecido como “Lei de Pemba”, ou ainda “Grafia dos Orixás”.

Na prática, todas as entidades que trabalham na Corrente Astral de Umbanda tem seu próprio ponto e, todas elas obedecem à Lei de Pemba, pois é um código reconhecido entre os espíritos de um modo geral que serve, tanto para fazer a identificação da entidade comunicante, quanto para estabelecer ordenações de trabalho que deverão ser seguidas por todos os subordinados àquela entidade que estejam atuando naquele momento dentro do terreiro, incluídos aí os espíritos oriundos da Quimbanda e, até mesmo os elementais.

Apesar disso, é comum encontrarmos, em muitas casas, pontos riscados que apresentam motivos diversos, como lanças, escudos, arcos, machadinhas, estrelas, luas, espadas, cruzes e tantos outros que nada tem a ver com os sinais traçados na verdadeira Lei de Pemba. Há muitas razões para que isso aconteça e, entre as mais comuns, encontramos o animismo de médiuns conscientes que preferem, eles mesmos, criarem os pontos de suas entidades, sem possuírem qualquer conhecimento da verdadeira Grafia dos Orixás.

Todo o traçado dos pontos se destina, em primeiro lugar, a fazer a identificação da entidade comunicante e, para isso, existem apenas três conjuntos de sinais que, quando devidamente conjugados, são capazes de identificar qualquer entidade da Corrente Astral de Umbanda. Também aqui a simplicidade impera.

Já sabemos que as entidades que se manifestam em Umbanda são sempre Caboclos, Pretos Velhos, Crianças e Exus (além, é claro, das falanges auxiliares, mas essas são um caso a parte). É o que chamamos de “banda”, sendo possível falar de “banda de caboclos”, “banda de pretos velhos”, etc. Sabemos também que todos eles estão vinculados inexoravelmente a uma das sete linhas, ou seja: Caboclos nas linhas de Oxalá, Ogum, Xangô, Oxossi e Iemanjá; Pretos Velhos na linha de Yorimá e Crianças na linha de Yori. Essas linhas são hierarquizadas e uma entidade pode estar no grau de Orixá menor, de guia, ou de protetor. Além disso, todos estão inseridos dentro de legiões, falanges e grupamentos. Um verdadeiro ponto riscado, que obedeça sistematicamente a Grafia dos Orixás, irá sempre identificar todas essas características.

Os três conjuntos de sinais são assim divididos:

- Sinal de flecha: indica a banda

- Sinal de chave: indica a linha.

- Sinal de raiz: indica a hierarquia, a legião, a falange, o grupamento, etc. Além disso, os sinais de raiz podem ainda indicar algumas funções específicas que as entidades possuam, bem como tarefas específicas que haja para serem realizadas.

Entre os Exus os sinais obedecem aos mesmos parâmetros, por isso os tradicionais tridentes, punhais, e outras extravagâncias que vemos comumente nada tem a ver com os verdadeiros sinais riscados da Lei de Pemba. Acontece que o traçado das flechas nas linhas de Exu e a maneira como elas se cruzam podem, em dado momento se assemelhar a um tridente. A partir daí a imaginação popular e o sincretismo religioso que durante tantos anos transformaram nossos queridos irmãos Exus e Pomba-Giras em demônios , encarregaram-se de enxergar uma profusão de tridentes, por um processo de associação de idéias com a figura lendária do diabo que carrega um desse garfos, provavelmente para espetar seus desafetos. É a velha e cruel superstição.

Posteriormente estaremos publicando outros artigos nos quais pretendemos falar com mais detalhes sobre os sinais e trazer maiores explicações. O assunto é complexo e amplo demais para ser tratado num único tópico. Além disso o objetivo desse tópico é principalmente o de trazer à tona a verdadeira Grafia dos Orixás e desmistificar os pontos simbólicos que tanto vemos por aí, mas que, na prática nada significam.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 13:13:11 +0000
O Batismo http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/38-o-batismo http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/38-o-batismo O BATISMO

Assim como tantas outras religiões, a Umbanda possui um batismo. Comumente o batismo é entendido como um renascimento, nas palavras do Evangelho de João (João 3:5) onde o indivíduo pelo arrependimento se torna isento dos pecados, passando a viver uma nova vida com Cristo.

Os umbandistas tem claro que não existe pecado, da forma como esse é entendido pela maioria das igrejas cristãs. Ainda que existisse, não seria um simples arrependimento que conduziria ao perdão dos mesmos, afinal Deus é pai, mas também é justo.

Assim, é correto afirmar que todos nós somos imperfeitos, falíveis, todos praticamos atos condenáveis aos olhos de Deus e da sociedade. Todo ato culpável acarreta um débito e reclama uma reparação. O arrependimento é, sem dúvida, um grande passo para nosso aperfeiçoamento, na medida em que nos prepara para não voltarmos a cometer os mesmos erros, mas a reparação continua sendo devida, pois o erro causa um desequilíbrio na Lei de Harmonia Universal e o equilíbrio tem que ser restabelecido.

Assim não existe batismo redentor, livrando-nos do pecado e nos introduzindo em uma nova vida. Isso é figura de retórica e tem uma boa aceitação, porque conduz ao comodismo, eximindo a tantos da necessidade de resgatar e reparar os erros cometidos.

O batismo na Umbanda possui uma outra natureza filosófica: quando ministrado a crianças incapazes de manifestar sua vontade, representa uma consagração daquele ser às hostes umbandistas. Como essa decisão não pode ser tomada pelos pais em nome dos filhos, para que seja válido, reclama uma confirmação, tão logo o indivíduo complete vinte e um anos.

Por outro lado, quando ministrado a um adulto, o batismo corresponde a um ato expresso de conversão. Inplica num conhecimento relativamente profundo dos princípios que regem a Umbanda e, consequentemente, uma aceitação desses princípios como elementos norteadores de conduta em todas as ocasiões da vida.

Na Umbanda, ao aceitar o batismo, o indivíduo está dizendo para si mesmo e para os outros: "conheço a Umbanda e seus princípios e concordo com todos, estou disposto a participar do trabalho empreendido pelos mensageiros da Corrente Astral de Umbanda, na construção de um mundo melhor". Esse é o sentido. A partir daí, as entidades passam a contar com aquele indivíduo de modo mais completo e efetivo, face à evidente opção que ele fez de servir.

É uma cerimônia que deve primar pela simplicidade, sendo realizada numa cachoeira, ou numa praia, onde, sob o comando do dirigente do terreiro, o batizando manifestará expressamente sua concordância com os princípios umbandistas e sua concordância em servir a Deus nas hostes da Umbanda Sagrada, após o que terá sua cabeça colocada sob a água, como forma de selar aquela opção e aquele compromisso.

O Dirigente não deverá estar mediunizado, mas as entidades estarão presentes vibrando sobre aquele que está se batizando e administrando energias renovadoras e vivificantes.

Inúmeras casas determinam que o batizando confeccione uma toalha de batismo, que deverá acompanhá-lo, posteriormente em todos os atos que praticar na Umbanda. De nossa parte entendemos que o ato vale por seu conteúdo implícito, sendo dispensáveis quaisquer exterioridades, contudo nenhum mal existe na confecção da dita toalha ficando a critério do batizando fazê-la, ou não.

Após o batismo que corresponde ao primeiro ato de iniciação nas fileiras umbandistas, o recém-batizado poderá confeccionar sua guia de Oxalá, para usar durante a realização dos trabalhos mediúnicos, daí por diante.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 13:09:59 +0000
O Amaci http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/37-o-amaci http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/37-o-amaci O AMACI

O amaci é um ritual realizado pelos médiuns de Umbanda com o objetivo de fixar as energias dos mentores diretos no chacra coronário do médium que a ele se está submetendo.

É um procedimento de grande importância, porque sua realização favorece a sintonia do médium com as entidades que trabalham através dele.

Difere dos banhos de fixação por três razões distintas: em primeiro lugar, o amaci não é exatamente um banho, mas uma lavagem de cabeça. Em segundo lugar, nos banhos de fixação as ervas são fervidas na água que será utilizado para o banho, enquanto que no amaci as ervas são maceradas e misturadas à água que irá servir para lavar a cabeça do médium. Em terceiro lugar, os banhos de fixação são tomados em casa, enquanto que o amaci deve ser feito exclusivamente no terreiro, sob a vibração de uma corrente mediúnica e comandado pelo dirigente do terreiro, incorporado ou não.

O amaci deve ser considerado como uma obrigação e não é feito com a frequência com que são tomados os banhos de fixação, sendo que cada casa adota uma frequência própria para a realização de seus amacis, sendo a mais comum a anual.

Também deve ser levado em consideração que o amaci geralmente é aplicado em médiuns que se encontrem num estágio mais avançado em relação ao desenvolvimento de sua mediunidade e que já conheça seus guias, sendo certo que o ritual é realizado de forma específica, com ervas diferentes para cada orixá.

O médium seleciona sete ervas e as colhe. Depois elas são colocadas dentro de um pilão grande e maceradas lentamente para que desprendam seu sumo. Enquanto se vai macerando, vai-se colocando um pouco de água de cachoeira, ou, na falta dessa, água mineral. coloca-se também um pouco de álcool, para auxiliar no processo de extração do sumo. ao final, enche-se o pilão todo com água, até completar algo como uma bacia. Após isso, coa-se todo o conteúdo em um pano, para que apenas a água com o sumo fique. O bagaço das ervas deve ser jogado em um jardim, a fim de que retorne à natureza.

Feito isso, diante do Congá, sob a vibração da corrente, a cabeça do médium é lavada com aquela água, a fim de que as energias emanadas das ervas maceradas se assentem em seu chacra coronário.

É, na verdade, um ritual muito importante, onde o trabalho do médium se restringe à coleta e à maceração de suas ervas. Todo o trabalho de fixação das energias é realizado pelas entidades, durante o ritual, razão pela qual se exige que o mesmo seja realizado no terreiro, pois envolve manipulação de energias que necessitam de ambiente preparado, com a devida canalização de forças determinada pelos assentamentos da casa e pela vibração da corrente mediúnica.

Não cabe ao médium dizer quando deseja fazer um amaci. Essa necessidade será determinada pelo próprio guia que, incorporado, solicitará ao dirigente da casa a realização da obrigação. Isso, contudo, varia de centro para centro, pois em muitas casas se adota a sistemática de o dirigente determinar quando cada pessoa deverá realizar o amaci, e ainda há situações em que a realização do ritual obedece a calendário pré-determinado, caso em que, numa determinada época do ano a instituição realiza uma cerimônia coletiva na qual todos os médiuns em condições são submetidos ao amaci.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 13:04:53 +0000
As Guias http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/36-as-guias http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/36-as-guias AS GUIAS

Também conhecidas como fios de contas, as guias são colares ritualísticos muito utilizados na ritualística de Umbanda. Embora seja alvo de muitas críticas, o uso desse tipo de acessório sempre foi muito comum em várias religiões, desde Egito e Babilônia, até a Igreja Católica Romana, com seus terços e rosários que, curiosamente, ninguém critica.

Ao contrário do que muitos pensam, as guias não são adornos ritualísticos. Sua função excede em muito o caráter meramente estético. São principalmente condensadores de energia que atuam como escudos fluídicos do médium, ao longo dos trabalhos de atendimento.

Ao mesmo tempo, por sua cor e por sua constituição, são capazes de receber com maior facilidade determinadas faixas de vibração, constituindo-se, quando adequadamente confeccionadas, em verdadeiros links entre o médium e a entidade à qual a guia esteja consagrada.

Finalmente, as guias são também um elemento de identificação, na medida em que seu uso permite saber quem são as entidades regentes da mediunidade de cada um dos participantes em um sessão de trabalho.

W.W. da Matta e Silva em sua obra Umbanda de Todos Nós esposa um entendimento favorável ao uso de guias, mas, ao mesmo tempo tece sérias críticas a determinadas práticas que ele considera alheias à verdadeira Umbanda. Assim, alega que a verdadeira guia só pode ser confeccionada com elementos naturais, como favas, raízes, pedras, enfim, tudo que provenha diretamente da natureza e que tenha sido pedido pela entidade dona da guia.

Nessa linha, critica acidamente o comércio indiscriminado desse colares em lojas especializadas em produtos religiosos, dando especial ênfase em sua crítica aos materiais utilizados, entre eles o plástico, a louça e o vidro que, em sua concepção, não possuem as características funcionais necessárias para que as guias sejam operacionais.

A parte o respeito que tenho pelo mestre Matta e Silva – uma das referências de nossa linha doutrinária –, discordo dessa posição, pelo menos no que tange a dois desses materiais.

Quanto ao plástico e outros sintéticos – exceção feita ao poliéster – admito tratarem-se de materiais absolutamente inertes a qualquer tipo de energização e que, portanto, não se prestam à confecção de guias, podendo, quando muito compor alegres bijuterias.

Já o vidro e a cerâmica são sabidamente poderosos dielétricos, largamente utilizados em eletrônica para a produção de capacitores, cuja função precípua é justamente condensar eletricidade. Isso, por si só já demonstra a operacionalidade desses materiais e a viabilidade de seu uso em nossas guias.

Além desses, também os cristais podem ser utilizados, mas seu uso só é viável em estado bruto, visto não haver grande incidência de lapidação e, ainda que houvesse, o preço seria absurdo.

Ao lado de tudo isso, resta ainda a questão da praticidade, pois nos dias de hoje a vida atribulada das pessoas não permite que se esteja constantemente fazendo incursões à mata, à cata de materiais exóticos para confeccionar guias. Da mesma forma, a utilização de certos produtos, como aqueles típicos do mar, inviabiliza a prática a quem reside distante do litoral.

Os materiais como contas de porcelana ou vidro podem ser encontradas com absoluta facilidade e adquiridas a baixíssimo custo, o que facilita o trabalho de quem se propõe a praticar a Umbanda.

Vale ainda salientar que as guias são objetos personalíssimos. Isso equivale a dizer que de nada vale comprar uma guia pronta em uma loja, já que um dos segredos de seu poder reside justamente na energia despendida no momento de sua confecção, energia essa que deve ser do próprio médium que a irá utilizar.

Acrescente-se também que existe uma numerologia específica para a quantidade de contas usadas em cada guia, assim é necessário saber a quantidade correta a ser utilizada em cada guia a ser produzida.

Finalmente deve-se acrescentar que, após sua confecção, a guia deverá permanecer por três dias dentro do amaci preparado com sete ervas próprias da vibração do orixá a quem a guia se destina.

O amaci em questão deverá ser feito pelo próprio médium, com ervas frescas recém colhidas, maceradas em local apropriado, à luz de uma vela e sob a fumaça de um defumador, também da vibração do mesmo Orixá.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 13:01:39 +0000
Os Banhos http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/35-os-banhos http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/35-os-banhos OS BANHOS

Todo médium de Umbanda e eventualmente também os consulentes, quando receitado, devem fazer banhos destinados a melhorar a própria vibração e sua sintonia com o plano astral.

Existem banhos com diferentes características, podendo ser de eliminação ou descarga, também popularmente conhecidos como banhos de descarrego; de fixação ou harmonização, ou ainda banhos de elevação ou litúrgicos.

Os banhos de descarrego são preparados com água e sal grosso, ou então com ervas específicas para essa função.

O paciente, em sua própria casa, após o banho de higiene, despeja o conteúdo do banho do pescoço para baixo, enquanto faz uma prece, pedindo que seja feita a limpeza das energias saturadas, de larvas astrais, enfim de todo elemento energético negativo que o estiver prejudicando.

Os banhos de fixação são tomados da mesma forma, com a diferença de que, nesse caso, a água é jogada também sobre a cabeça, enquanto se pede que as energias provenientes dos elementos do banho sejam aproveitadas para harmonizar sua mente, produzindo vibrações positivas, bom ânimo, inspiração para a prática do bem e da caridade, enfim, tudo aquilo que o paciente julgar necessário e salutar para sua vida naquele momento.

Quanto aos banhos de elevação, esses são reservados para médiuns que se encontrem em um estágio avançado de sua iniciação.

Todos os banhos que se utilizem de ervas são preparados da mesma forma: coloca-se uma bacia de água no fogo e deixa-se a água ferver. Assim que iniciar a fervura, desliga-se o fogo e depositam-se as ervas na água. Tampa-se o recipiente e espera-se a água esfriar. Enquanto isso, está ocorrendo a infusão e o prana vital das ervas está sendo liberado na água para ser utilizado na harmonização energética do paciente.

Tais banhos podem ser tomados em casa, respeitando-se os dias certos que serão indicados pela entidade que os receitar.

Neste site, na guia de cada Orixá, poderão ser encontradas sete ervas regidas pela vibração em questão, contudo desaconselhamos que quaisquer banhos sejam tomados de forma voluntária, pois, em caso de harmonização, por exemplo, deverá sempre haver uma combinação de ervas do Orixá de cabeça, com as ervas da vibração originária do próprio médium.

Da mesma forma, no caso dos banhos de descarrego, seja para médiuns, seja para consulentes, há sempre particularidades que precisam ser obedecidas, a fim de que o efeito seja o melhor possível, por isso aconselhamos que banhos sejam sempre tomados sob a orientação direta de uma entidade, que saberá, melhor que ninguém, indicar os procedimentos apropriados para cada pessoa.

No caso das ervas, inclusive, há que haver um cuidado mais detalhado, pois algumas podem ser bastante tóxicas, se usadas de forma indevida, sem contar que mesmo não havendo toxicidade, sempre existe o caso de pessoas alérgicas a determinados princípios ativos e que poderão apresentar reações desagradáveis.

Umbanda é coisa séria e, assim como acontece com os medicamentos, que não devem ser ingeridos sem orientação profissional de um médico, também as práticas umbandistas devem sempre ser orientadas por uma entidade conhecedora dos princípios de manipulação energética.

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 12:57:38 +0000
A Firmeza http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/34-a-firmeza http://www.neuumbanda.org/joomla/index.php/a-ritualistica/13-apoio-a-ritualistica/34-a-firmeza A FIRMEZA

Os chamados “trabalhos de firmeza”, bastante comuns na ritualística umbandista, são ainda muito incompreendidos pelos não-umbandistas e acabam por serem causa de muito do preconceito que ainda existe em relação à Umbanda. Isso porque esses trabalhos, popularmente conhecidos por “oferendas”, são confundidos com despachos, e tratados como prática de “macumba”

Também pesa sobre eles o conceito de que “espíritos não comem, não bebem, não precisam de nada do mundo material”, o que faz com que os umbandistas sejam tidos por ignorantes, pelo fato de ofertarem artigos materiais a quem só necessita de vibrações e de preces. Infelizmente as pessoas ainda tem o hábito de tirar conclusões apressadas, baseadas na aparência, sem procurarem buscar explicações mais aprofundadas sobre aquilo que observam.

Na verdade, os trabalhos de firmeza são uma forma de troca de energias entre os dois planos. Em essência, não são oferendas, até porque, pelo menos em um ponto os críticos estão corretos: as entidades que trabalham na Umbanda realmente não precisam de comidas, bebidas, ou quaisquer outros artigos materiais que se lhes pretenda oferendar. Isso compreendido, cabe então explicar que a firmeza se destina a uma manipulação das energias oriundas dos materiais ofertados e que são revertidas em favor do próprio ofertante. Explicando melhor: a entidade retira as energias atuantes dos materiais que são trazidos ao trabalho e utiliza essas mesmas energias para ativar centros de força do médium, melhorando sua sintonia mediúnica, atuando no campo mental e também físico, contribuindo até mesmo para sanar eventuais males orgânicos que eventualmente existam naquele momento.

Que fique claro que, nos trabalhos de umbanda, em nenhuma circunstância são utilizados quaisquer artigos de origem animal. Os materiais ofertados são sempre de origem mineral ou vegetal, sendo principalmente flores, frutas, verduras, ervas, além de velas, pedras, charutos e bebidas alcoólicas, de onde são aproveitados os fluidos etéreos do álcool.

Os vegetais, como verduras e ervas são preparados, quando tiverem de ser cozidos e, depois disso, são colocados dentro de um alguidar branco de louça, organizados de forma a formar um prato bem composto. Esse alguidar é depositado sobre uma toalha branca, onde deve estar riscado o ponto da entidade, se esse já for conhecido. Ao redor do alguidar são depositadas flores, caso haja, além de charutos ou outros elementos da oferenda. A bebida é depositada em um coité que será colocado à frente do alguidar, ficando o restante da bebida dentro da garrafa, também sobre a toalha. Ao redor são acesas as velas, na quantidade pedida para o trabalho e, então, é feita a oferenda.

A entidade ofertada manifesta-se, então, no médium e retira dos elementos as energias necessárias, já fazendo a fixação dessas mesmas energias nos centros de força (chacras) para os quais elas estejam sendo destinadas.

Outro aspecto importante é que tais trabalhos são realizados sempre no interior dos templos, ou em sítios naturais apropriados, tais como cachoeiras, matas ou pedreiras, caso em que, encerrado o trabalho, os materiais não perecíveis devem ser recolhidos, a fim de que não poluam ou comprometam o equilíbrio do local. Jamais trabalhos de Umbanda são feitos em esquinas urbanas ou em encruzilhadas. Tais práticas, embora há muito confundidas com práticas umbandistas, são absolutamente estranhas ao universo ritualístico da verdadeira Umbanda

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Apoio A Ritualística Sat, 31 Mar 2012 12:52:24 +0000