Umbanda é uma religião cristã. Dentro dessa delimitação devem se situar todas as crenças e todas as práticas mantidas pelos umbandistas.

Como qualquer outra religião, a Umbanda possui rituais, todos eles marcados por três funções primordiais: uma organizacional, uma simbólica e outra finalista. Em sua vertente simbólica os rituais de Umbanda assimilaram algumas práticas típicas da religião dos negros e outras típicas da religião dos índios. Nesse sentido, a utilização de ervas, o batido de atabaques, a presença de algumas imagens, são traços que fazem parte da crença, podem e devem ser conservados, como uma referência às origens.

Deve-se, contudo, ter um cuidado para que o simbolismo não dê lugar ao fetichismo vazio que empobrece, riduculariza e retira a credibilidade da prática umbandista. É preciso ter em mente que a prática do bem e do amor ao próximo dentro de princípios cristãos são a razão de existência da Umbanda e, por isso, qualquer tipo de prática ritualística que tenda a dar mais ênfase à forma que ao conteúdo, ou que se afaste dos princípios da caridade cristã deve ser estirpada do cotidiano daqueles que se considerem legítimos umbandistas.